São Paulo, terça-feira, 2 de dezembro de 1997
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Diretora do TJ do Rio é assassinada em casa

DA SUCURSAL DO RIO

A diretora de Planejamento e Controle da Secretaria de Planejamento do Tribunal de Justiça do Rio, Rita de Cassia Cavalcanti Roseira, 45, foi morta com três tiros no rosto dentro de seu apartamento, em Vila Isabel (zona norte).
Um rapaz mulato, aparentando 20 anos, chegou até o apartamento de Rita com uma cesta de flores, na tarde de domingo, roubou alguns pertences e, após levá-la para o quarto, colocou um travesseiro no seu rosto e disparou tiros.
Embora ainda não tenham outra hipótese para a motivação do crime, amigos de Rita duvidam que ela tenha sido vítima de um assalto. Mas, segundo esses amigos, aparentemente a diretora do tribunal não tinha inimigos.
O delegado-titular da 20ª DP (Delegacia de Polícia), Mário Azevedo, disse na tarde de ontem que ainda não tinha pista concreta sobre a motivação do crime.
O suposto assaltante levou R$ 45, um relógio, uma pulseira de ouro e um telefone celular. Mas não roubou, por exemplo, o colar de ouro que Rita usava.
Solteira, com uma filha adotiva de 17 anos, Rita morava com o pai em um apartamento. Na hora do crime, ela estava em casa com o pai -que tem problemas no coração- e duas amigas.
Uma dessas mulheres, que pediu para não ser identificada, disse que conversava com Rita e outra amiga por volta das 18h quando tocou a campainha da sala.
Não havia porteiro no prédio, por ser domingo. O porteiro eletrônico estava também quebrado. Ela disse não saber quem abriu a porta do prédio.
Essa amiga da diretora do tribunal disse ter perguntado então ao suposto assaltante o que ele queria. "Ele respondeu que queria dinheiro e ouro", afirmou.
No velório, no cemitério São João Batista, em Botafogo (zona sul), os familiares de Rita não quiseram falar com os jornalistas. Amigos e colegas de trabalho, porém, afirmaram não haver pistas sobre a motivação do crime.
Segundo um assessor da diretora, que também pediu para não ser identificado, ela já chegou a integrar, até seis meses atrás, uma comissão de licitações do tribunal.

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