São Paulo, terça-feira, 2 de dezembro de 1997 |
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Para usuário, nota de ônibus é quase zero
ANDRÉ MUGGIATI
Os ônibus de São Paulo tiveram nota próxima a zero no índice de imagem, usado para avaliar os diferentes meios de transporte. Esse índice é uma "nota" composta pelas porcentagens de pessoas que responderam ótimo, bom, regular, ruim e péssimo. O índice varia de -100 a 100. Para o presidente da SPTrans (empresa que gerencia os ônibus de São Paulo), Francisco Christóvam, a queda dos ônibus se deveu "ao maciço apoio que a mídia deu para os perueiros". Os ônibus também caíram na avaliação dos usuários, se forem considerados apenas as porcentagens de ótimo e bom. A queda foi de 47% em abril para 45% em novembro. Mas essa diferença está dentro da margem de erro da pesquisa e não deve ser considerada. A piora na avaliação dos ônibus é maior se for considerada a queda de 54% para 45% de ótimo e bom entre novembro de 96 e novembro de 97. Os trens da CPTM, por sua vez, tiveram a melhor avaliação desde 91, atingindo 44% de ótimo e bom. A principal queda de qualidade em comparação com a pesquisa do semestre passado foi da EMTU (Empresa Municipal de Transportes Urbanos). A empresa caiu de 92% de ótimo e bom em abril para 86% em novembro. A queda foi atribuída à transição para o regime de concessão, recém-iniciado. A EMTU, que chegou a ser melhor avaliada do que o metrô, agora perde em dois pontos percentuais para esse meio de transporte. Pela metodologia da pesquisa, esse índice é um empate técnico. Segurança A ANTP também pesquisou quais são as principais preocupações dos usuários dos meios de transporte. Em primeiro lugar surge a segurança, citada por 26% nos trens, 23% nos ônibus e 20% no metrô. A segurança também é uma das principais preocupações da CPTM, que iniciou ontem uma campanha com 2.200 agentes de segurança para o período de Natal, alertando os usuários para as aglomerações típicas dessa época. Entre as preocupações dos passageiros pesquisados, o valor das tarifas aparece em nono lugar. A maioria, porém, ainda considera caros o ônibus (55%), metrô (50%) e os trens (60%). Texto Anterior: Pitta é refém de empresas Próximo Texto: Uso de peruas aumenta 175% Índice |
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