São Paulo, terça-feira, 2 de dezembro de 1997
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Asiáticos propõem criar crédito complementar

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Os ministros das Finanças de países que integram a Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) rejeitaram ontem a idéia de criação de um fundo financeiro de emergência na Ásia desvinculado do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Depois de quase duas horas de debate, os ministros concordaram com a criação de uma linha de crédito para países afetados pela crise financeira. Só poderão ter acesso ao crédito, no entanto, países que tenham solicitado ajuda ao FMI.
A reunião de ministros das Finanças da Asean ocorre em Kuala Lumpur, capital da Malásia.
O grupo não definiu o valor da linha de crédito. Estima-se que pode chegar ao máximo de US$ 20 bilhões por solicitante.
"A linha de crédito complementará a ajuda recebida pelos países que implementem programas econômicos do FMI", afirmou o ministro das Finanças das Filipinas, Roberto Ocampo.
O FMI, os Estados Unidos e outros países do Ocidente são contrários à criação de um fundo de emergência na Ásia.
A idéia do fundo foi proposta por membros da área econômica de países da região que se reuniram em Manila, nas Filipinas, no mês passado. Um dos seus maiores defensores é o premiê da Malásia, Mahathir Mohamad. Segundo ele, um fundo asiático simbolizaria a independência da região.
Opositores da idéia dizem que o fundo asiático pode diminuir a vontade dos governos de cumprir as medidas de austeridade impostas pelo FMI.
A Asean é formada por Brunei, Birmânia, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Cingapura, Tailândia e Vietnã.

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