São Paulo, terça-feira, 2 de dezembro de 1997 |
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Doping afasta Duppré por quatro anos
FERNANDA PAPA
Em exames de prova e contraprova, analisados no laboratório da Universidade de Québec, no Canadá, detectou-se na urina do atleta vestígios da substância nandrolona, considerada anabolizante pela Fina (Federação Internacional de Natação). Duppré teria nadado dopado no Troféu Brasil de natação, em outubro, quando alcançou o índice para os 100 m borboleta para o Mundial de natação, entre 8 e 18 de janeiro, em Perth, Austrália. É o primeiro caso de suspensão por doping na seleção brasileira de natação. "Sou inocente e ainda espero que a verdade apareça. Tudo o que eu tomei teve orientação médica", afirmou Duppré ontem em entrevista coletiva. Em comunicado oficial divulgado ontem, o presidente da CBDA, Coaracy Nunes, 59, afirma ter seguido as recomendações da Comissão de Controle Antidoping da entidade para suspender Duppré. O início da suspensão é retroativo ao dia 12 de outubro, data da prova de 100 m borboleta em que Duppré obteve o índice para o Mundial, em Belo Horizonte. A CBDA também cancelou todos os resultados obtidos em competições oficiais pelo atleta nos seis meses anteriores ao doping. "Esse foi o ato da presidência mais doloroso que eu já assinei na minha vida", afirmou o dirigente. "Mas não posso fugir das normas da Fina e das recomendações dos especialistas", completou Nunes. Segundo ele, Duppré recebeu a pena mínima para a classificação da nandrolona na lista de substâncias proibidas pela Fina. "Eu nunca tinha ouvido falar dessa droga, mas consta que é das mais proibidas. A pena máxima seria a eliminação do atleta para sempre", afirmou Nunes. Duppré nada pela Universidade Santa Cecília, de Santos, há dez anos. Seu diretor, Marcelo Teixeira, está reunindo dados para recorrer junto à Fina. Colaborou a Sucursal do Rio Texto Anterior: Jordan volta a ser o atleta mais bem pago Próximo Texto: Relator torna opção o clube-empresa Índice |
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