São Paulo, quarta-feira, 3 de dezembro de 1997
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Paralisação fez prefeitura suspender o rodízio

DA REPORTAGEM LOCAL

A paralisação dos ônibus fez a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) suspender ontem o rodízio de veículos em toda a cidade de São Paulo.
A suspensão do programa está prevista na lei que instituiu o rodízio, em casos de manifestações ou outras ocorrências que prejudiquem o trânsito ou o deslocamento das pessoas na capital.
A medida já foi adotada em outras duas ocasiões, mas em apenas parte da cidade, por causa de acidentes localizados.
Se alguém receber uma multa datada do dia 2 de dezembro, pode recorrer junto à prefeitura. Na segunda-feira, apesar da paralisação de parte da categoria, o rodízio não foi suspenso, já que o trânsito não foi tão afetado.
Segundo a central de operações da CET, os congestionamentos registrados ontem estiveram dentro da média da lentidão diária, amenizada pelo rodízio da prefeitura.
A prefeitura também liberou ontem o estacionamento de zona azul na cidade.
Perueiros liberados
Os 2.353 perueiros credenciados pela prefeitura estavam ontem autorizados a circular por qualquer linha em função da greve de motoristas e cobradores de ônibus. Existem em São Paulo 231 linhas de lotação e, em dias normais, o perueiro só pode circular no trajeto da linha na qual ele está credenciado.
A prefeitura também não realizou blitze para apreender peruas clandestinas. A prefeitura apreende em média 40 peruas clandestinas por dia, mas ontem não foi feita nenhuma apreensão.
Para o gerente geral do Sistema de Transporte Diferenciado da SPTrans, Wagner Vitale, isso não significa que elas estavam autorizadas a circular.
"Não fizemos blitze para apreender clandestinas porque as equipes de fiscais estavam priorizando a fiscalização sobre as autorizadas, que estão fazendo muito mais viagens", afirmou Vitale.
Segundo ele, a SPTrans registrou ontem cinco reclamações de usuários contra perueiros: três por cobrança de tarifas elevadas, uma por excesso de velocidade e uma por excesso de passageiros.

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