São Paulo, quarta-feira, 3 de dezembro de 1997
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Sindicato rejeita sacrifício por emprego

DA REDAÇÃO

As lideranças dos metalúrgicos rejeitaram ontem a proposta da Volkswagen, de reduzir a jornada em 20% com corte proporcional nos rendimentos, como forma de evitar 7.000 demissões.
Hoje serão realizadas assembléias em que a proposta da empresa será discutida.
Os metalúrgicos querem ampliar o sistema de banco de horas, em que seria contabilizado o débito de horas não trabalhadas a ser compensado no futuro. Defendem também a volta da câmara setorial.
A iniciativa da montadora, que tem 31 mil empregados, é uma resposta à forte queda nas vendas, tendência que deve se agravar com as medidas recessivas tomadas para enfrentar o crash global.
Nos últimos dois meses, as vendas despencaram 40% em relação ao período anterior.
As medidas propostas, que afetariam funcionários da fábrica de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, vigorariam no primeiro semestre de 98, prazo que seria prorrogado se as vendas não melhorarem. A unidade de Taubaté também pode ser atingida.
Advogados ouvidos pela Folha consideram que a proposta não fere a Constituição, desde que seja resultado de um acordo coletivo.
Com ou sem acordo, outros 3.000 funcionários seriam transferidos para uma empresa a ser criada que prestaria serviços à Volks. Esses salários seriam cortados em 20%, sem redução da jornada.

LEIA MAIS sobre a Volkswagen nas págs. 2-4 e 2-5

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