São Paulo, quarta-feira, 3 de dezembro de 1997 |
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Produtora de "Carmageddon" lamenta proibição no Brasil Jogo de corrida assassina pode ser carregado pela Internet DAVID HOPKINS
Depois de decisão governamental, as cópias do jogo estão sendo recolhidas. A comercialização está proibida, inclusive pela Internet. Segundo o governo, o jogo incitaria a violência no trânsito. A diretora administrativa da companhia inglesa SCi, Jane Cavanagh, responsável pela produção do jogo, disse em entrevista exclusiva à Folha que está "muito surpresa e desapontada que esta posição tenha sido adotada no Brasil". Cavanagh disse que o jogo tem sido um grande sucesso nos mais de 60 países onde foi distribuído. Na Inglaterra, chegou a 500 mil cópias distribuídas via Internet, nas primeiras oito semanas após seu lançamento. Humor negro "É um jogo muito divertido de corrida, que integra recursos sofisticados de programação, e que está repleto de humor negro, mas acredito que qualquer jogador poderia vê-lo dentro desse contexto." Na publicidade de "Carmageddon", era anunciado: "520 cavalos embaixo do capô e ainda mais pedestres em cima dele". Com uma média de mais de um milhão de visitas por mês desde o lançamento de "Carmageddon", o site do jogo (www.sci.co.uk/ carmageddon/index.html) oferece a versão demo (de 14 Mbytes) para carregar para o micro. Na Inglaterra e na Itália, a versão original foi censurada e substituída por uma que troca o atropelamento de pedestres pelo de zumbis com sangue verde. Apesar disso, hackers desabilitaram a censura no game, permitindo jogar uma versão integral, mais sangrenta. Sobre o conteúdo violento do jogo, Cavanagh disse: "Não são pessoas de verdade, mas apenas personagens feitas de pixels". Texto Anterior: Quando teremos uma sociedade sem papel? Próximo Texto: E-mail ameaçador; Caso Microsoft; Rede Rolling Stone; Infinia dança; Sucesso on line; Competição acirrada Índice |
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