São Paulo, quarta-feira, 3 de dezembro de 1997
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Europeus querem cortar poluentes

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A Comissão Européia (órgão executivo da União Européia) deve anunciar hoje um plano para cortar a emissão de poluentes de veículos de carga e aviões comerciais, segundo informou ontem um funcionário da Comissão.
Segundo o plano, a Comissão deve propor uma redução de 30% nas emissões de material particulado, óxidos de nitrogênio, monóxido de carbono, hidrocarburantes e fumaça até 2001, disse o funcionário da Comissão.
O plano é parte de um programa da UE (União Européia) que pretende cortar entre 60% e 75% da poluição dos veículos terrestres até 2010.
O programa quer obrigar os fabricantes a produzirem motores mais limpos e combustíveis de melhor qualidade, e impor padrões mais elevados de inspeção e manutenção dos veículos.
Outra medida da Comissão deve ser a de propor um corte de 16% nas emissões de óxido nitroso, produzidas por aviões comerciais usados pelas companhias aéreas européias.
Todos os novos aviões terão que obedecer ao novo padrão até o ano 2000. Aviões usados incorporados à frota européia após 2008 também serão obrigados a respeitar os limites mais rígidos.
As medidas não afetarão aviões de países de fora da UE que utilizam seus aeroportos.
Os planos da UE para reduzir a emissão de poluentes de aviões surgiram após a organização ficar decepcionada com as negociações internacionais sobre o assunto, disse o membro da Comissão.
O comitê ambiental da Organização Internacional de Aviação Civil (OIAC) adotou, em 1995, uma recomendação de corte na emissão de óxido nitroso nos aviões do mundo todo.
O plano teve o apoio da UE e de vários outros países, como o Brasil e a Austrália, mas foi bloqueado pelos EUA, Canadá, Rússia e Polônia.
O funcionário da Comissão disse que os padrões da OIAC tendem a refletir o estágio tecnológico do mercado, ao invés de estabelecerem novas normas. Os motores 16% mais limpos, propostos pela Comissão, não devem ser muito mais caros de produzir do que os já existentes.
As propostas da Comissão devem ser aprovadas pelos ministros dos Transportes dos 15 países que formam a UE, provavelmente no primeiro semestre do ano que vem, antes de entrarem em vigor.

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