São Paulo, quinta-feira, 4 de dezembro de 1997
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ONG faz protesto contra presidente

CLÓVIS ROSSI
DO ENVIADO ESPECIAL

Na sala A85 da LSE, FHC falava da necessidade de "incentivar a mobilização" dos vários "excluídos".
Na rua, um grupo de pouco mais de 50 pessoas, convocadas pela organização não-governamental "Survival International", fazia o que o presidente pedia: mobilizava-se para pedir "direitos indígenas já" e para defender a luta dos sem-terra brasileiros.
A coincidência não bastou para comover FHC: "Será que esse pessoal não aprende que é importante discutir, conversar, que não adianta nada gritar?", perguntou aos jornalistas, com a resposta implícita.
Continuou: "Na nova democracia, é preciso que todos os lados aprendam, o governo, os partidos e também os grupos que estão querendo se mobilizar pela sociedade, porque, se não, não tem resultado prático e a democracia fica abalada com isso."
Na rua, Richard Garside, porta-voz da Survival, usava uma expressão bem brasileira para definir a política indigenista do governo FHC: "É para inglês ver."
Documento distribuído pela entidade diz que "o presidente promete mas não cumpre".
(CR)

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