São Paulo, quinta-feira, 4 de dezembro de 1997
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Aprovada medida que atinge servidores

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Congresso aprovou ontem a medida provisória que prevê redução dos gastos do governo com pessoal. A medida, que faz parte do pacote de ajuste fiscal, autoriza a demissão de até 55 mil servidores públicos não estáveis.
Na Câmara, a MP foi aprovada por 275 votos contra 127. No Senado, a votação foi simbólica -sem registro dos votos no painel.
A MP também faz mais 25 alterações na legislação que trata do regime de trabalho dos servidores públicos. Entre elas estão: o fim da licença remunerada para os sindicalistas, a proibição de acúmulo de salários e aposentadorias, a proibição do pagamento de horas extras e de gratificações por chefia.
Nesse último caso, os parlamentares abriram exceção para Legislativo e Judiciário.
A votação levou para o Congresso a campanha eleitoral para o governo do Distrito Federal.
O deputado Chico Vigilante (PT-DF), aliado do atual governador, Cristovam Buarque (PT), provável candidato à reeleição, afirmou que a medida vai permitir a demissão de 4.500 servidores federais em Brasília.
"Como líder do governo, eu garanto que não haverá demissões", disse o senador José Roberto Arruda, virtual candidato do PSDB ao governo do DF.
Vigilante afirmou que a secretária-executiva do Ministério da Administração, Cláudia Costin, anunciou a demissão dos servidores. "Estou desautorizando a secretária a fazer qualquer comentário fora da sua alçada", disse Arruda durante a sessão.
A votação da medida foi iniciada na noite de terça-feira, mas teve de ser adiada por causa de erros formais no relatório do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), vice-líder do governo na Câmara.

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