São Paulo, quinta-feira, 4 de dezembro de 1997
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Provas da Mackenzie começam no dia 9

GIOVANA GIRARDI
FREE-LANCE PARA A FOLHA

No próximo dia 9 começa o vestibular da Universidade Mackenzie. A prova segue até o dia 12 com 120 testes, uma redação e prova de habilidade específica.
Os candidatos são divididos em três grupos de áreas, e cada grupo faz uma prova diferente da outra. Segundo o supervisor de provas da Mackenzie, Wlaudimir Carbone, o nível de dificuldade varia de acordo com a área.
Para Herlan Moura, coordenador de matemática do cursinho Hexag, que prepara os candidatos exclusivamente para a Mackenzie, a prova apresenta um alto nível de complexidade.
"Em cada questão de matemática são cobrados, no mínimo, três conceitos diferentes. Podem aparecer juntos um elemento da trigonometria, uma progressão aritmética e um logaritmo."
Para o candidato a uma vaga em direito, Rodrigo Oliveira Bacchella, 21, a prova de matemática é tradicionalmente a mais difícil: "Você precisa pensar e calcular muito".
Moura afirma que, além da dificuldade, o fator tempo também pode prejudicar. Ele lembra que em três horas e meia são cobrados 20 testes de português, 10 de língua estrangeira, 15 de química, 15 de física e uma redação.
O coordenador de física do Hexag, Hervan Moura, concorda que o tempo é o maior inimigo do candidato: "É muito difícil resolver todas as questões porque elas não são diretas e cobram vários conceitos diferentes".
Para Diogo Borba de Araújo, 19, que tenta uma vaga em direito, a prova mais difícil é a de inglês. Ele zerou na matéria no vestibular passado. Nem por isso estudou mais: "Eu não sei quase nada, mas não me estresso".
O coordenador de comunicação e expressão do Hexag, Agnaldo Amorim da Silva, afirma que a prova de língua estrangeira pede interpretação de texto e exige conhecimento de vocabulário.
Ele afirma que em português normalmente são cobradas questões de concordância verbal, acentuação, regência e análise sintática, além de interpretação de texto. Em literatura, as escolas literárias e as relações autor/obra são pedidas.
Em história, o coordenador do Hexag, Silvio Amadeu, afirma que a tendência é a cobrança de fatos vivenciados pelo candidato, que não estão nos noticiários recentes. "No Brasil, fatos que ocorreram a partir da redemocratização, de 1980 para cá, são prováveis."
A coordenadora de biologia do Hexag, Eliana Walczak, afirma que um assunto quente para a prova é a genética. "O aluno não pode ir para o exame sem saber tipos sanguíneos."
Em química, o coordenador da área do Hexag, Marcos Galego Navarro, afirma que um assunto frequente é a físico-química, em todas as áreas. Ele afirma que a prova é bastante conceitual, mas que nas carreiras de exatas é pedido um bom conhecimento de matemática.
Em geografia, a prova acaba tendendo para a "decoreba". De acordo com o coordenador de geografia do Hexag, Alex José Perrone, o assunto mais cobrado em Brasil é geografia física.

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