São Paulo, quinta-feira, 4 de dezembro de 1997 |
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Falta de inspiração marca lançamentos do grupo Yes
MARCELO MOREIRA
No ano passado, a banda lançou "Keys to Ascension", CD duplo que reunia gravações ao vivo de uma apresentação para convidados feita em março, na Califórnia, e mais duas faixas de estúdio, "Be The One" e "That, That Is", ambas inéditas. O mérito do álbum é ter conseguido reunir a formação clássica da banda, com Jon Anderson (vocais), Chris Squire (baixo), Steve Howe (guitarra), Alan White (bateria) e Rick Wakeman (teclados). A segunda parte de "Keys to Ascension", também um CD duplo, traz o resto do show na Califórnia e um CD inteiro com músicas inéditas gravadas em estúdio. Quanto às músicas ao vivo, nada a acrescentar. É o bom e velho Yes tocando os velhos clássicos, como "I've Seen All Good People" e "Close to The Edge". Já as músicas de estúdio, gravadas com a mesma formação, mostram uma banda perdida entre a sonoridade do passado e tendências modernas da música new age. O resultado não agrada. A técnica transborda, mas falta inspiração e há repetição de clichês, como as longas suítes instrumentais. Já "Open Your Eyes" é de fato o novo trabalho de estúdio da banda e retoma a linha mais pop e comercial do último lançamento antes dos discos ao vivo, "Talk", de 94. E novamente há mudanças. Nos dois "Keys to Ascension", Steve Howe e Rick Wakeman substituíram Trevor Rabin (guitarra) e Tony Kaye (teclados), respectivamente. Em "Open Your Eyes", é a vez de Wakeman sair, deixando sua vaga nos teclados para Billy Sherwood, conhecido produtor. O defeito do CD é retomar a linha pop de "Talk". É um trabalho fraco, com composições repetitivas e com os teclados predominando sobre as virtuosas execuções da guitarra de Howe. O destaque é "Universal Garden". Texto Anterior: Disco tem conceito de ópera Próximo Texto: 'Billboard' fala do mercado brasileiro Índice |
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