São Paulo, sexta-feira, 5 de dezembro de 1997
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Ford vê ameaça à indústria ocidental

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A crise monetária do Sudeste Asiático poderia desencadear novas tensões comerciais caso as indústrias ocidentais se vejam prejudicadas pela concorrência maciço de exportações asiáticas de baixo custo, afirmou um executivo norte-americano.
O presidente da Ford Motor norte-americana, Alex Trotman, advertiu em entrevista em Pequin, que o barateamento dos produtos asiáticos colocará em sérias dificuldades a indústria ocidental.
Trotman chegou à China na terça feira para apresentar o primeiro miniônibus fabricado pela empresa, o Transit, produzido na filial chinesa.
Competitividade
O executivo da Ford, que nos últimos dias têm encontrado os principais dirigentes do governo chinês, disse que a desvalorização das moedas regionais tornará muito mais competitivas as indústrias asiáticas, principalmente as japonesas.
Nos últimos meses, o câmbio do ien japonês variou entre 124,7 e 128,6 unidades por dólar norte-americano.
O executivo ressaltou que a crise financeira do Sudeste Asiático prejudicou os investimentos de sua empresa na região.
Ele acrescentou, no entanto, que o impacto desse prejuízo não foi relevante.
Distância
Na opinião de outros executivos da Ford, a indústria automobilística chinesa se encontra quase um século atrás da norte-americana em termos de eficiência.
"Na China há atualmente mais de cem fabricantes de carros, mais do que havia nos EUA no início desde século."
A Ford é uma das muitas empresas automobilísticas que competem atualmente para consolidar sua posição no mercado chinês, pais com mais de 1,2 bilhão de habitantes, mas onde há apenas um carro para cada cem pessoas.
A Ford está negociando a formação de empresas de risco compartilhado para a atuação no setor de turismo na China, e no momento planeja investir cerca de US$ 450 milhões no país.

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