São Paulo, sexta-feira, 5 de dezembro de 1997 |
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'Ronaldô' faz 2 e é ovacionado por torcida
MÁRIO MAGALHÃES
Ronaldinho e Batistuta humilharam a seleção européia no amistoso vencido por 5 a 2 pela equipe do resto do mundo. O jogo antecedeu o sorteio das chaves da Copa-98. Ronaldinho marcou dois gols e deu os passes para os gols de Batistuta (dois) e do colombiano De Avila. Os gols da Europa foram marcados por Lacatus e Zidane. Como se fosse jogador francês, Ronaldinho -que mantém a cabeça completamente raspada- foi ovacionado com cantos de "Ronaldô, Ronaldô". Batistuta, com o apelido com que é tratado na Itália: "Bat-gol". Ronaldinho (Inter de Milão) e Batistuta (Fiorentina) mostraram desprendimento, trocando vários passes. Eles são rivais na disputa pela artilharia do Italiano. Na véspera da partida, o técnico da seleção do resto do mundo, Carlos Alberto Parreira, não tinha muitas esperanças de vencer o combinado dirigido pelo alemão Franz Beckenbauer. A convocação não foi dele. Havia uma desproporção: seis atacantes numa lista de 16 (só 15 compareceram). Ontem de manhã, também ficou clara a existência de critérios comerciais: cinco atletas dos dois times, contratados pela Adidas, participaram do lançamento da bola da Copa antes do jogo. No evento, Parreira brincou com Beckenbauer: "Cuidado, Franz. Quando nós saíamos do hotel, eu vi o Ronaldo chegando. É bom sinal para nós". No primeiro sorteio de Copa feito num estádio, a torcida tornou-se protagonista com as suas vaias. Foram apupados o secretário-geral da Fifa, Joseph Blatter, o presidente da Federação Francesa, Claude Simonet, e o primeiro-ministro da França, Lionel Jospin. Simonet encurtou seu discurso devido às vaias. Blatter sorriu e pediu o fim delas. Quando a imagem do técnico da seleção francesa, Aimé Jacquet, apareceu no telão, ele foi vaiado. A torcida vibrou quando foi anunciado o nome do Japão, achando que seria adversário da França. Voltou a vibrar com o sorteio da Arábia Saudita. (MM) Texto Anterior: Fracassa o plano de segurança Próximo Texto: Pelé critica Havelange e a CBF Índice |
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