São Paulo, sexta-feira, 5 de dezembro de 1997
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Pelé critica Havelange e a CBF

MÁRIO MAGALHÃES
DO ENVIADO A MARSELHA

O ministro Pelé (Esportes) atacou ontem a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e o presidente da Fifa, João Havelange.
Pelé condenou a convocação de jogadores brasileiros radicados na Espanha e na Itália para a excursão da seleção à África do Sul e à Arábia Saudita."O que motivou a convocação foi dinheiro e publicidade, e não a necessidade de contar com os atletas", afirmou.
"É isso o que eu não aceito. Os clubes pagam grandes salários a jogadores como Ronaldinho (Inter de Milão) e Leonardo (Milan). Em momentos importantes, vão perdê-los devido a partidas que não valem nada." Na opinião do ministro, os atletas que jogam na Europa são prescindíveis para os jogos da seleção em dezembro.
Pelé disse que a CBF levará os melhores jogadores para a Arábia Saudita por imposição da Nike, patrocinadora da entidade.
"A exigência é só comércio, por causa do contrato paralelo com a Nike. Essas partidas não contam nada e são perigosas para os atletas, que vão se desgastar muito na viagem."
Pelé criticou o apoio de João Havelange à candidatura do suíço Joseph Blatter à presidência da Fifa. "Isso é muito estranho. O estatuto da Fifa não exige que o candidato seja presidente de uma federação nacional? Blatter não o é."
Anteontem, Havelange afirmou que, para ser candidato em 98, Blatter, secretário-geral da Fifa, só precisa ser lançado por uma federação, e não presidi-la.
(MM)

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