São Paulo, domingo, 7 de dezembro de 1997
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Negociação favorece trabalho de auditor

CARLA ARANHA SCHTRUK
DA REPORTAGEM LOCAL

Privatizações, fusões, compras e vendas de empresas, que crescem no Brasil, são um prato cheio para o auditor. A opinião é de Márcio Martins Villas, 52, da Villas Rodil Auditores Independentes.
"O campo de trabalho tem aumentado", diz. Segundo ele, o trabalho do auditor é imprescindível para que possa ser verificado o balanço financeiro das empresas -atividade fundamental para qualquer tipo de negociação.
Quando acontecem erros e o problema se torna público, a imagem do auditor fica "arranhada", afirma Walter Iório, 53, sócio da auditoria e consultoria KPMG.
A própria KPMG, que auditava os balanços do Banco Nacional, foi acusada, em 96, de sonegar os problemas financeiros da instituição. Chegou a ser intimada pela Polícia Federal, mas foi inocentada.
O que atrai na profissão é o plano de carreira definido, segundo J. Vitório M. Trabulsi, 53, sócio da Arthur Andersen. "Fui trainee aqui, quando tinha 19 anos de idade, e galguei patamares até chegar à minha posição atual."
Segundo Walter Iório, da KPMG, são necessário entre 12 e 14 anos de trabalho para alcançar o topo da carreira. Nos primeiros anos, o profissional (júnior) costuma ganhar entre R$ 700 e R$ 2.500. O mais experiente (sênior) pode receber quantias que variam de R$ 4.000 a R$ 8.000.
Passar por um programa de trainee é pré-requisito para a admissão, e os contratados costumam passar por avaliações mensais. "Na profissão é acertar ou acertar', diz o Márcio Orlandi, 54, da Fundamental Research.
Ele diz que para alçar vôo solo é preciso ter pelo menos 15 anos de experiência. "O consultor precisa ter uma imagem sólida no mercado."

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