São Paulo, domingo, 7 de dezembro de 1997
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Palpite

RODRIGO BUENO

Desde quinta-feira, quando foram sorteados os grupos da Copa-98, o que mais se vê na cobertura esportiva mundial são previsões, conjecturas e projeções de como será o Mundial.
Nada contra, afinal isso faz parte do trabalho jornalístico (também fiz meu esboço do torneio), mas poucos se ativeram ao fato de que ainda faltam quase seis meses para a Copa.
Até o início da competição, o panorama será alterado. Nada que possa afetar as tranquilas classificações de Brasil, Argentina e Alemanha, por exemplo, na primeira fase -os adversários desses precisariam subir demasiadamente de produção para virar ameaça-, mas que pode definir mais fielmente a real trajetória das seleções.
O Brasil terá Edmundo? A Argentina contará com Redondo? A Alemanha levará Sammer? A Nigéria desfrutará de Amunike?
Essas são apenas algumas das questões ainda sem respostas a respeito da Copa da França.
A indefinição, em alguns casos, é extrema. A Nigéria, equipe africana mais cotada, não decidiu ainda nem seu técnico.
Os dirigentes nigerianos sondaram até treinadores de estilos opostos: o conservador Venables e o inovador Gullit.
Outras equipes, como Arábia Saudita e Irã, também estudam mudanças na comissão técnica.
Até a Copa, várias competições, como a Copa da África e a Copa de Ouro, movimentarão alguns dos participantes. Esses torneios poderão marcar a derrocada de alguns titulares tidos como intocáveis e a ascensão de supostos eternos reservas.
Del Piero estará no banco da Itália? McManaman será apenas uma opção da Inglaterra? Overmars terá chances na Holanda? Raúl ficará ainda como uma promessa da Espanha?
Hoje é impossível decifrar essas charadas. E como tais são decisivas para o bom desempenho de várias seleções na França, os prognósticos feitos a poucos dias da Copa serão, com certeza, muito mais fiéis.

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