São Paulo, domingo, 7 de dezembro de 1997
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Transferência pode levar meses

DA REDAÇÃO; DA REPORTAGEM LOCAL

Reportagem Local
Apesar de o tempo de espera por um telefone chegar a dois anos, a maior reclamação do usuário em São Paulo tem sido a demora na transferência de telefones, que deveria levar poucos dias.
O Procon recebeu 311 queixas de atrasos na entrega das linhas, entre janeiro e agosto deste ano, contra 117 no mesmo período do ano passado. "Muitos dizem que a transferência leva meses", afirma Regina Franco, 42, técnica do órgão.
A Folha apurou que o motivo da demora é a readequação de gastos da Telesp, cujo orçamento sofreu cortes por ordem do governo federal -foi cortado R$ 1,5 bilhão do sistema Telebrás. A Telesp está tentando normalizar o serviço.
O advogado Álvaro de Souza Mello, que mora na Cidade Tiradentes (zona leste de São Paulo), diz que desde outubro espera a transferência de uma linha. "Chegaram a informar que a instalação só aconteceria em janeiro", conta Mello, que dividiu o preço do telefone (R$ 3.000) em 12 vezes.
Usuários que assinaram contrato depois de 25 de agosto de 96 também não gostaram de saber que o governo quer entregar-lhes menos ações do sistema Telebrás pelos R$ 1.117,63 que pagaram.
Isso porque o governo determinou que o cálculo pode ser feito pelo valor de mercado das ações, que está maior do que o patrimonial -era o parâmetro para o cálculo anteriormente. O Ministério Público de São Paulo está acionando o governo na Justiça.

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