São Paulo, segunda-feira, 8 de dezembro de 1997
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Questão de vontade; Base corporativa; Quem é quem; Prestígio ameaçado; Cidadão do mundo; Vontade disfarçada; Lapso verde; Acordos sob suspeita; Poder de premiar amigos; Acordo federal; Caixa de marimbondo; Curral eleitoral; Motivo de força maior; Registro histórico; Dando um tempo

Questão de vontade
Michel Temer (Câmara) pedirá a FHC que inclua pelo menos o pedido de cassação do deputado Pedrinho Abrão (PTB) na convocação extraordinária do Congresso, que será feita legalmente pelo Executivo. Ela deverá começar no dia 6 de janeiro.

Será que interessa a FHC?
O presidente da Câmara tentará incluir na convocação extraordinária os pedidos de cassação de três deputados acusados de vender o voto na reeleição. Para uma ala do PMDB, é vital Temer mostrar que não é conivente com a impunidade.

Base corporativa
A cassação de deputados depende de acordo com o Planalto. Somente a pressão de FHC faria parte dos governistas acionar a guilhotina. A oposição já sinalizou que vota pelas cassações.

Quem é quem
A grande maioria do PMDB e do PSDB quer cassar parlamentares durante a convocação extraordinária. O problema é o PFL, que joga em peso a favor da impunidade. O PPB e o PTB também estão mais para a impunidade do que para a cassação.

Prestígio ameaçado
O avanço de ACM sobre o PFL deixou Marco Maciel numa sinuca de bico: medir forças para manter o Ministério do Meio Ambiente com Pernambuco. Há pefelistas de pelo menos três outros Estados cobiçando o posto.

Cidadão do mundo
Quem falou com FHC diz que ele chegou do exterior para mais uma visita ao Brasil feliz da vida.

Vontade disfarçada
O governador José Maranhão (PMDB-PB) desmarcou audiência com Marco Maciel. Para evitar a difusão da versão de que pediria ao PFL nacional uma intervenção na seção estadual, com quem conta para a sua reeleição.

Lapso verde
Em carta ao príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth, o embaixador do Brasil em Londres, Rubens Barbosa, sumiu com 2 mi de hectares das áreas de conservação da Amazônia.

Acordos sob suspeita
Um governador tucano conta por que seus colegas tratam as montadoras de automóveis com tanta benemerência, a fim de levá-las para seus Estados: "O marketing vale a pena".

Poder de premiar amigos
Cresce a reação contra o decreto 2.214, que dá vantagem fiscal a quem importar para fabricar produtos e exportá-los. Além de brecha para vender importados no mercado interno, questiona-se o poder da Receita, que decidiria quem seria beneficiado.

Acordo federal
Malan (Fazenda) disse a Temer (Câmara) que concorda em excluir da reforma da Previdência a cobrança previdenciária dos funcionários públicos inativos. A regra deverá valer para os que se aposentarem após a reforma.

Caixa de marimbondo
O Planalto já foi sondado sobre a manutenção do atual esquema de poder no Congresso: PFL no Senado, PMDB na Câmara. Os tucanos ficaram arrepiados. FHC só quer discutir isso após o resultado da eleição de 98.

Curral eleitoral
O confronto com FHC fortaleceu ACM no Senado. Até eventuais adversários do senador baiano dizem que não há reza capaz de impedir sua reeleição à presidência da Casa, em 99. Mesmo que o Planalto venha a bombardear a sua candidatura.

Motivo de força maior
Alguns aliados de Quércia (PMDB) já temem que ele não dispute o governo paulista em 98. Dizem que as pressões da família contra a candidatura são grandes e fundamentadas.

Registro histórico
Hoje crítico da política cambial, Ciro Gomes diz no livro "No País Dos Conflitos", de 94, que quem valorizou a moeda foi o mercado e não o governo. Então ministro da Fazenda, falava que a situação era definitiva.

Dando um tempo
A ex-nora de FHC, Ana Lúcia Magalhães Pinto (Banco Nacional), viajou a Buenos Aires em outubro autorizada pela Justiça Federal. Por razões "sentimentais", alegaram os advogados.

TIROTEIO
De João Paulo (PT-SP), sobre FHC dizer que usará o Proer, programa de socorro a bancos em dificuldade, na eleição de 98:
- A grande vantagem de ele usar o Proer será o aumento das contribuições para a campanha da reeleição.

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