São Paulo, segunda-feira, 8 de dezembro de 1997
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Déficit comercial na Argentina cresce 157% e vai a US$ 586 mi

Importação do país chega a US$ 2,78 bilhões

LÉO GERCHMANN
DE BUENOS AIRES

As importações da Argentina chegaram a US$ 2,78 bilhões em outubro, o ponto mais alto no ano. Com isso e com os US$ 2,21 bilhões em exportações, houve, de acordo com dados oficiais, déficit comercial de US$ 586 milhões.
O resultado significa aumento de 157% no déficit em relação ao registrado em outubro de 1996. Nos dez primeiros meses do ano, o déficit comercial argentino chega a US$ 3,5 bilhões. As importações somaram US$ 24,7 bilhões, e as exportações, US$ 21,2 bilhões.
A estimativa do governo é terminar 1997 com um déficit de US$ 4,5 bilhões, o que significa o triplo do previsto no orçamento.
As exportações argentinas aumentaram apenas no Mercosul, especialmente para o Brasil.
Isso justifica o temor já manifestado pelos industriais argentinos quanto à retração do mercado brasileiro depois da crise.
A preocupação dos industriais se deve não somente à diminuição de um mercado para o qual segue boa parte da sua produção, mas também pelo fato de que o Brasil deverá aumentar suas exportações, inclusive para a Argentina.
As exportações argentinas diminuíram para todos os mercados fora do Mercosul. O governo argentino faz análise positiva do aumento constatado nas importações, alegando que 44% do total se refere a bens de capital. Isso, segundo o governo, pode significar um incremento na produção.
Dados do Indec (Instituto Nacional de Estatística) mostram que foram criados 270 mil postos de trabalho entre maio e outubro, provocando uma redução de 2,3 pontos percentuais nas desocupações.

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