São Paulo, segunda-feira, 8 de dezembro de 1997
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Famosos elegem os melhores videogames

FREE-LANCE PARA A FOLHA

A última censura, depois da proibição de shows do Hemp e da aplicação de piercings e tattoos em menores de 18, é contra um mísero, ou melhor, miserável game.
Miserável porque o referido jogo -"Carmageddon"- tem como objetivo levar o jogador, na direção virtual de um carro, a atropelar e detonar o maior número de velhinhos, cachorros e indefesos em geral. Quanto mais sangue, mais pontos.
Mas como jogo do mal não é o que interessa, aqui vai uma seleção das boas, segundo alguns famosos viciados em videogame.
O piloto Rubinho Barrichello começou a jogar aos seis anos, mesma idade em que dava as primeiras voltas como corredor de kart. Dono de um Nintendo 64 e um Playstation, antes de se casar havia pelo menos uma imposição para o sucesso do enlace: "Tive de pedir para minha esposa ser paciente com o meu vício", diz.
Seus jogos: "Gosto dos cartuchos 'F-1' e 'F-Indy', do Playstation, mas o meu preferido é o 'Mario Kart 64', do Nintendo, pois, além de divertido, dá para jogar em turma".
A possibilidade de divertir até quatro jogadores ao mesmo tempo transforma o "Mario Kart 64" na grande vedete. É também o cartucho predileto do ex-jogador de futebol Casagrande: "Jogo bastante com os meus filhos e perco na maioria das vezes". Obviamente, ele tem na prateleira algum cartucho de futebol. "Adoro jogos de basquete, F-1 e o 'Fifa Soccer 64'."
Outro fã da turma do Mario Bros é Fernanda Takai, vocalista do Pato Fu. Pilota profissional do cartucho, ela prefere correr com Yoshi, o dragãozinho verde companheiro do Mario. "Todos os corredores parecem até ter personalidades diferentes. Por não ser muito boa na curvas, gosto do Yoshi porque é rápido e sabe fazer ótimas manobras. No momento, estou naquela maratona de passar todas as fases do 'Mario All Stars'", diz Fernanda, que, assim como Casagrande, odeia jogos de luta.
Mas a violência virtual não parece preocupar Syang, vocalista do P.U.S.. O cartucho preferido do seu Mega Drive é o também campeão de vendas "Street Fighter": "Jogo sempre com a Cami, a loirinha de tranças".
Carlos Eduardo Miranda, diretor artístico do selo Excelente Discos, é um viciado antigo. "Jogo desde o tempo do Telejogo. Não fico em lugar nenhum sem um jogo eletrônico. Sempre carrego meu Gameboy", diz ele, que também é dono de um Playstation, um Nintendo 64, um Atari e um Super NES. "A grande vantagem do videogame é que ele aproxima gerações. Assim como jogo com a minha sogra, também jogo com os moleques do prédio."
Apesar dos vários consoles, Miranda não é um grande comprador de cartuchos. "É muito melhor alugar fitas, pois, além de muito caras, não há muitas que valham a pena comprar. "Além disso, sou muito fominha e acabo um jogo trirrápido. Costumo levar três dias para chegar ao final de uma fita."
Afinal, você pode estar se perguntando, qual console é o melhor: Nintendo 64 ou Playstation? "Tem de ter os dois. Quando enjoa de um vai para o outro", diz João Gordo, vocalista do Ratos de Porão. O responsável pela sua dependência eletrônica é o Sepultura Igor Cavalera. "Falei para ele comprar pra mim nos EUA e fiquei viciado para sempre."
Segundo João Gordo, "a vantagem do Nintendo 64 está na alta definição da imagem. Já os pontos positivos do Playstation são a grande quantidade de jogos lançados por ano e o fato de poder ser usado como CD player."

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