São Paulo, segunda-feira, 8 de dezembro de 1997 |
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Casa Triângulo faz aniversário
CELSO FIORAVANTE
O ponto alto será, com certeza, a instauração inédita da Laura Lima. A artista mineira, radicada no Rio, colocará uma mulher estática, solitária, no centro de uma sala, com um longo vestido coberto por vários tipos de insetos mortos. Munida de uma polaroid, ela fará registros do público que por ventura observá-la. As fotos batidas cairão e deverão permanecer no chão durante o período da mostra, como registro da instauração. Também vai ter pinturas, esculturas, fotografias e objetos. A maioria, porém, não é inédita, como leva a crer informação no fim do convite. Quem frequentou a casa este ano vai se recordar do traço econômico nos desenhos mínimos do mineiro Roberto Bethônico, realizados com ponta seca sobre papel ferruginoso e pigmento de ferro. Também vai se lembrar dos recortes em madeira de Albano Afonso, que remetem a mares e montanhas nunca explorados. Elias Muradi é responsável por um bom momento da mostra. Suas esculturas confundem os sentidos ao seduzir pelo brilho e pelas formas orgânicas, mas também repelir com a frieza do alumínio fundido. Rosana Monnerat é responsável por uma das poucas colaborações inéditas da mostra. Apresenta uma escultura em bronze (tiragem de três exemplares), material com o qual ainda não havia trabalhado. Também vai expor gravuras e uma escultura em cera. (CF) Texto Anterior: Instauração ganha corpo e espaço em eventos na cidade Próximo Texto: Arthur Omar vê sereias de Tunga Índice |
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