São Paulo, segunda-feira, 8 de dezembro de 1997
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Ouro dá vez ao verde na Costa Rica

ROSEANE SANTOS
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Quando os espanhóis iniciaram a colonização da Costa Rica esperavam encontrar ouro. Afinal, era com o metal que os índios da região cobriam os corpos, enfeitavam os cabelos e delimitavam o poder dos chefes da tribo.
Mas os encantos ecológicos da América Central reservaram para a Costa Rica um pouco mais do que o brilho do metal e cederam-lhe a beleza de nada menos que 20 mil tipos de orquídeas, 112 vulcões e o infinito do mar.
O país reúne 820 tipos de pássaros, mais do que EUA e Canadá juntos, e abriga nada menos que 10% das borboletas do mundo.
Conhecido paraíso do surfe, o país possui espírito aventureiro. E quem experimenta não esquece a prática do canopy, que faz o homem voar preso em cordas de aço entre árvores que chegam a 75 metros, ou da descida das corredeiras do Guanacaste.
A beleza pessoal também ajudar o turismo local, principalmente se ela for aperfeiçoada pelas mãos de um cirurgião. As operações plásticas já estão sendo consideradas uma atração à parte no país. Se comparado com o Brasil, o preço chega a ser 70% menor.
Assim como na natureza, a Costa Rica herdou uma grande variedade racial. São 3,35 milhões de habitantes em pouco mais de 51 mil quilômetros quadrados. Algumas partes do país parecem cidades do interior brasileiro. A temperatura média de 22°C faz com que os costarriquenhos combinem com o clima alegre do Brasil, e o comportamento descontraído convida a "bailar" a salsa e o merengue.
Num país que não tem Exército, 95% da população é alfabetizada, e os parques nacionais ocupam 12,5% do território.
Cerca de 80 mil turistas visitam o país a cada dois meses, mas, segundo pesquisas dos órgãos de turismo, menos de 2% exploram esses parques. Para quem gosta de aventura, os parques estão abertos e pode-se dizer que os roteiros ecológicos da Costa Rica se resumem na expressão mais popular do país: "Pura vida".

LEIA MAIS sobre a Costa Rica nas págs. 7-22 e 7-23

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