São Paulo, quarta-feira, 10 de dezembro de 1997
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Crime teria sido encomendado

DA SUCURSAL DO RIO

A advogada das famílias de Irani Andrade Henrique e Sérgio Odilon Soares Sobrinho, Cristina Leonardo, sugeriu que a chacina de ontem pode ter acontecido a mando de comerciantes de Madureira.
"A população de rua tem meninos infratores, famílias de sem-teto. Há muitos furtos, e isso atrapalha o comércio", afirmou Cristina, que coordena o Centro Brasileiro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente.
Segundo ela, a avaliação da entidade era que "o ambiente estava muito complicado" na área.
A Folha tentou falar com a diretoria da Associação Comercial de Madureira, mas ninguém atendia ao telefone na entidade.
Cristina Leonardo disse que houve omissão da prefeitura, já que a questão da população de rua pertence à esfera municipal.
A subsecretária municipal de Desenvolvimento Social, Leda de Azevedo, disse que as quatro pessoas mortas ontem já tinham sido abordadas pelos funcionários da secretaria.
Irani e Soares Sobrinho, de acordo com ela, foram recolhidos no último dia 12 e levados para um abrigo em Bangu (zona oeste), do qual teriam fugido.
Cristiano Gomes da Silva e o menino conhecido como William da 12 também já teriam sido abordados, negando-se a sair. O governador do Rio, Marcello Alencar, disse acreditar que "deve haver droga por trás desse crime". Segundo ele, a polícia investiga a hipótese de vingança.

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