São Paulo, quarta-feira, 10 de dezembro de 1997
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Autopeças vai cortar jornada e salário

DA REDAÇÃO

A Força Sindical e a indústria paulista de autopeças fecharam ontem um acordo inédito: para evitar demissões, as empresas do setor vão reduzir tanto a jornada de trabalho quanto os salários.
Até agora, esse tipo de acordo era por empresa. O de ontem envolve 360 empresas e 140 mil metalúrgicos. Os cortes poderão ser feitos entre janeiro e março de 98. O prazo para adesão de empresas vai até o final de fevereiro. Haverá garantia de emprego por cinco meses, incluindo os três do acordo.
As indústrias que aderirem poderão reduzir a jornada de trabalho em até 25%, e os salários, em no máximo 10%.
O Sindipeças prevê a adesão de 70% das empresas filiadas. A maioria, segundo a entidade, vai optar pelo corte de 20% na jornada e de 10% no salário.
O ministro do Trabalho, Paulo Paiva, classificou o acordo de "competente", que deveria ser seguido por outros setores.
Ele evitou comentar a posição da CUT -rival da Força-, que é contrária a esse tipo de acordo.
O presidente Fernando Henrique Cardoso disse que uma eventual intervenção do governo seria "populismo", de outra época. "Hoje não precisa, Seria um retrocesso", disse. Só apelou para que os empresários não demitam.

LEIA MAIS sobre trabalho nas págs. 2-4 a 2-7

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