São Paulo, quarta-feira, 10 de dezembro de 1997
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Coisa de gringo

THALES DE MENEZES

A nova regra em experiência no tênis, que permite aos jogadores o recebimento de instruções de seus treinadores no intervalo das partidas, é uma boa.
Primeiro, porque equipara o tênis aos esportes que abrem "janelas" para as instruções, sejam facultativas (basquete, vôlei...) ou predeterminadas (como o boxe).
Segundo, porque apenas normatiza uma intervenção que já acontece, seja nos discretos sinais que os treinadores passam aos profissionais ou na gritaria que pais produzem nas arquibancadas dos torneios juvenis.
Qualquer inovação é bem recebida. Que tal uma disputa de saques, como a decisão por pênaltis? Seria mais rápido do que o tie-break. E a linha dos três pontos no basquete, ou o impedimento do futebol? Alguém tem sugestão para uma adaptação às raquetes?
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John McEnroe treinando a equipe inglesa da Copa Davis?
Pois é, pode ser. A proposta dos dirigentes ingleses existe. Agora, com Greg Rusedski e Tin Henman entre os 20 melhores do mundo, os inventores do tênis querem reconquistar seu lugar de honra no esporte.
McEnroe ficou de responder este mês. O "Big Mac" sempre sonhou com o cargo na equipe dos EUA -e até "cornetou" treinadores-, e isso vai ser o diferencial na balança. Se treinar os ingleses, pode ser que McEnroe fique mais afastado ainda da Usta (Associação de Tênis dos EUA). E agora?
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O espanhol Alex Corretja, que só passeou em Porto Alegre, sem mostrar nada de seu jogo na Copa Ericsson, ficou entediado de tanto responder perguntas sobre as perspectivas de Gustavo Kuerten no próximo ano.
"Acho que Kuerten nunca será o número um do mundo, e duvido também que algum espanhol consiga. Isso não é para a gente, que se emociona nos jogos. É coisa de gringo."
Falou e disse.

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