São Paulo, sexta-feira, 12 de dezembro de 1997 |
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Vítima faz 2º retrato da 'gangue da batida'
DA REPORTAGEM LOCAL A polícia divulgou ontem o retrato falado de outro integrante da "gangue da batida", que desde outubro vem apavorando mulheres na cidade de São Paulo.O retrato foi feito pela jornalista P., com ajuda de uma testemunha -um homem que viu P. sendo atacada na sexta-feira. O primeiro retrato falado também foi feito pela jornalista, no início da semana. As descrições dos bandidos e a forma pela qual as vítimas são atacadas são praticamente idênticas em quase todas as ocorrências, que hoje já são mais de 20. Por isso, a polícia está convencida de que os ataques estão sendo cometidos pelo mesmo grupo. A gangue é formada por dois homens que abordam as vítimas e por mais um ou dois em outro carro, que dão apoio. A tática dos bandidos é provocar um pequeno acidente de trânsito, batendo na traseira ou na lateral do carro da vítima. A maioria delas é espancada e algumas são estupradas. Depoimentos Mais duas vítimas prestaram depoimento ontem no Depatri (Departamento de Investigações sobre Crimes Patrimoniais). Uma delas, a atriz P., 21, foi vítima da gangue no dia 20 de novembro, na rua Pedroso de Morais (zona sudoeste de São Paulo). Os assaltantes estavam com outra vítima dentro de um Citroën e bateram no Corsa de P., às 23h30. A atriz ficou rodando pela cidade com os bandidos até 1h do dia seguinte, que lhe roubaram R$ 2.000. "Me deram tapas na cara e fui obrigada a fazer sexo oral com um deles", afirmou P. Segundo a atriz, a vítima anterior, dona do Citroën, estava em estado de choque quando foi liberada pelos ladrões. M., 38, também depôs ontem. Ela teve seu Honda Civic batido por um Vectra, no dia 13 de novembro, na avenida Bandeirantes. M. teve R$ 1.500 roubados e foi agredida com vários socos. Antes de liberá-la, os ladrões bateram no carro de outra mulher e seguiram viagem com ela. Reunião Mais de 200 policiais, entre delegados e investigadores da Divisão de Crimes contra o Patrimônio, reuniram-se ontem de manhã no auditório da Delegacia Geral de Polícia. Entre outros assuntos, foram discutidas as estratégias para prender a "gangue da batida". O diretor da divisão, Godofredo Bittencourt Filho, pediu a todos para que se empenhassem para prender a gangue. Segundo ele, a polícia vai fazer bloqueios em locais estratégicos para tentar localizar os bandidos. Texto Anterior: Exército apreende 15 t de munição clandestina Próximo Texto: Grande SP teve 2.302 estupros no ano passado Índice |
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