São Paulo, sexta-feira, 12 de dezembro de 1997 |
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Ficha tinha hipótese antes de exame
AURELIANO BIANCARELLI
Aurea Celeste Abbade -advogada do Gapa que teve acesso à ficha de internação do paciente- diz que o médico que o recebeu colocou como "hipóteses de diagnóstico" meningite e Aids. "Só porque o paciente estava bastante magro e porque tinha uma doença comum em doentes de Aids, já foi recebido como doente de Aids", diz Aurea. O infectologista Caio Rosenthal diz que, se tal fato aconteceu, revela uma "total falta de profissionalismo" da equipe. "Nem na África se faz o diagnóstico de alguém apenas pela aparência", disse. O segundo erro foi fazer o teste de HIV sem consultar o paciente. "O exame de Aids, como todo procedimento, precisa de autorização do paciente", diz Pedro Roque Monteleone, presidente do Conselho Regional de Medicina. A equipe também errou ao não solicitar um exame comprovatório. E falhou novamente ao informar o "falso positivo" como se fosse uma sentença de morte. Segundo Aurea, o que aconteceu com Macedo é um reflexo da forma como o serviço municipal vem tratando o doente de Aids. "A prefeitura vem tratando a Aids com total desrespeito", diz. "O episódio revela total despreparo da equipe médica", diz Wildney Contrera, também do Gapa. (AB) Texto Anterior: Teste positivo deve ser conferido Próximo Texto: Laudo isenta TAM, mas faz recomendações Índice |
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