São Paulo, sexta-feira, 12 de dezembro de 1997
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Sponville traz mais um tratado

MARCELO REZENDE
DA REPORTAGEM LOCAL

O francês André Comte-Sponville pode não ser tão polemicamente engajado quanto Michel Onfray, mas divide com ele o desejo de exaltar as "verdades" ditadas pela filosofia, usando esses mesmos conceitos para efetuar uma "revolução" no cotidiano de seu leitor.
Foi assim com seu maior best seller, "Pequeno Tratado das Grandes Virtudes", que apenas no Brasil vendeu 18 mil exemplares. Agora, ele retorna com "Tratado do Desespero e da Beatitude".
Antes dessa obra, a editora Martins Fontes já havia lançado "Bom Dia, Angústia!", em agosto. Um livro em que Comte-Sponville - professor de filosofia na Universidade Paris 1- escreve sobre o dinheiro, Mozart ou o "gosto de viver".
Em "Tratado", como ele mesmo escreve, trata-se de "ser ateu sem ser indigno".
Nesse trabalho, escreve sobre o homem em um mundo sem Deus, e as estratégias para enfrentar o desespero e a solidão, passando pelo budismo, Freud, Marx, o amor e o prazer.
"É aqui que a filosofia pode ser útil. Ela pouco pode contra a infelicidade; pode muito para a felicidade. Porque nossa exigência de homens não é viver, tão-somente, ou não sofrer, mas ser felizes (...) A única felicidade é um pensamento feliz", dita em seu livro.
(MR)

Livro: Tratado do Desespero e da Beatitude
Lançamento: editora Martins Fontes
Quanto: não definido; 370 páginas

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