São Paulo, sábado, 13 de dezembro de 1997
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É dando que se recebe 1; É dando que se recebe 2; Paradigma baiano; Suspeitas no ar; Pito doméstico; Bolsa de apostas; Terror fiscal; Sonhando alto; Jeitinho federal; Todo mundo sabe; Quase morreu; Menos um; Hipocrisia tucana; Fim de feira; Versão oficial

É dando que se recebe 1
O PMDB vai atrasar a indicação de nomes para a comissão da reforma da Previdência até que o Congresso aprove crédito de R$ 150 mi para a Secretaria de Políticas Regionais. O partido se julga traído pelo PSDB, que segurou a votação do projeto na quinta.

É dando que se recebe 2
Acionado, FHC deu um jeito para acalmar o PMDB. O crédito para Políticas Regionais, único de uma leva de 37 projetos que não foi votado na quinta, deve ser aprovado na próxima terça.

Paradigma baiano
À cúpula do PMDB, Jader Barbalho (PA), relator do projeto de R$ 150 mi para Políticas Regionais, disse: "Não recuo. O ACM consegue as coisas por quê? Porque não deixa ser desrespeitado"

Suspeitas no ar
De um deputado tucano: "Há uma relação original entre diretores do DNER e alguns parlamentares. Acharam uma forma de trabalhar com independência em relação ao Executivo, mas bem dependente de empresas".

Pito doméstico
Não foi só Luís Eduardo que criticou Inocêncio Oliveira por ele ter desancado o projeto de união civil entre pessoas do mesmo sexo. A mulher do líder do PFL exigiu que ele fosse se retratar com Marta Suplicy (PT).

Bolsa de apostas
Presidente do INSS, Crésio Rolim é o nome dos Magalhães para o lugar de Stephanes na Previdência. Contra, há o fato de que seria o 2º baiano no ministério. O outro é Raimundo Brito (Minas e Energia), ligado a ACM.

Terror fiscal
Acaba neste mês o contrato da Receita com a Febraban, que arrecada tributos e repassa ao órgão. Não se sabe de onde virá o dinheiro para a renovação.

Sonhando alto
Após o inchaço dos últimos meses, a direção do PSB avalia que pode lançar candidato próprio ao governo em nove Estados em 98, inclusive São Paulo. Outra pretensão do partido é dobrar a bancada de federais.

Jeitinho federal
O PFL montou operação de guerra para pressionar FHC a mandar Malan dar aval ao empréstimo de R$ 486 mi ao Paraná, aprovado pelo Senado apesar de o Estado gerir mal as finanças. Lerner foi orientado a falar diretamente com o presidente.

Todo mundo sabe
De Emerson Kapaz, secretário de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento de São Paulo: "É um absurdo aprovar o empréstimo para o Paraná. É um incentivo ao caos financeiro. Só sob pressão o Malan pode ter concordado com isso. Não sei pressão de quem?"

Quase morreu
O baixo clero da Câmara ameaça derrubar a emenda que dá poder de CPI à Comissão de Constituição e Justiça. Por isso, Marcelo Déda (PT-SE), autor do projeto, pediu na quarta passada o adiamento da votação.

Menos um
Deputados do PPB trabalham para que o ministro e deputado federal Luiz Carlos Santos (PFL) seja vice de Maluf (PPB) ao governo paulista em 98. Seria menos um candidato cheio de valores na briga por vaga na Câmara.

Hipocrisia tucana
Em entrevista ao jornal "O Tucano", Arthur Virgílio (que atacou FHC devido a uma disputa por cargos) diz que o PSDB às vezes leva desvantagem pelo seu modo de ser: "Mais preocupado com idéias do que propriamente com cargos e pessoas".

Fim de feira
De Heráclito Fortes (PFL-PI) para Mussa Demes (PFL-PI), que reclamou da leitura rápida dos projetos de crédito suplementar ao Orçamento votados quinta: "Está na hora do seu avião, e não quero atrasá-lo".

Versão oficial
Campos Machado diz que não fechou com Covas e que está em campanha para que o PTB tenha candidato próprio ao governo paulista em 98. No partido, há quem ache que ele quer valorizar o apoio da legenda ao PSDB.

E-mail: painel@uol.com.br

TIROTEIO
Do senador Roberto Requião (PMDB-PR), sobre o ministro Pedro Malan (Fazenda), contrariando pareceres do Banco Central e do Tesouro, ter enviado carta ao Senado dando aval a um empréstimo de R$ 486 milhões para o Paraná:
- A corrupção agora tem cara, nome e endereço. É Pedro Malan no Ministério da Fazenda.

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