São Paulo, sábado, 13 de dezembro de 1997
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Votação no Chile fortalece socialista

Direitista também se beneficia

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Embora não tenham participado das eleições parlamentares de anteontem, o líder do Partido Socialista chileno, Ricardo Lagos, e o direitista Joaquín Lavin, da União Democrata Independente, despontaram como os principais pré-candidatos a presidente do Chile, em 1999.
Eles devem se unir para reforçar a pré-candidatura de Lagos, que, embora possua hoje cerca de 60% das intenções de voto, dificilmente seria escolhido candidato da coalizão se os democratas cristãos tivessem obtido uma vitória maior.
Desde 1990, quando acabou o regime militar no Chile, a coalizão de centro-esquerda está no poder. Mas os dois presidentes desde então -Patricio Aylwin e Frei- vieram da democracia cristã.
Para dificultar a situação dos democratas cristãos, seus três pré-candidatos se elegeram com votação abaixo do esperado.
Na coalizão de centro-direita Democracia e Progresso (oposicionista), o pré-candidato do maior partido, Renovação Nacional, Andrés Allamand, não se elegeu.
Cresceram as chances do prefeito "tocador de obras" Joaquín Lavín, de Las Condes (subúrbio de Santiago).
Embora tenha obtido 50,55% dos votos -contra 36,37% do bloco de centro-direita-, o governo perdeu uma de suas cadeiras no Senado e ficou com 20 senadores.
A oposição ganhou 18 cadeiras e deve ficar com maioria no Senado, pois tem o apoio da maior parte dos nove senadores designados e do general Augusto Pinochet, que se tornará senador vitalício em 98.
O Partido Comunista recebeu 7,5% dos votos, mas não obteve vagas no Congresso. Os votos nulos e brancos chegaram a 18%, e cerca de 1 milhão de chilenos não tiraram seus títulos.

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