São Paulo, segunda-feira, 15 de dezembro de 1997
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Santa Catarina tem 1.428 processos por juiz

FÁBIO ZANINI
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FLORIANÓPOLIS

A falta de juízes, principalmente de primeira instância, é a face mais crítica da ineficiência da Justiça em Santa Catarina.
"Com essa carga de trabalho descomunal é impossível para os juízes cumprir prazos previstos na lei", afirma o presidente da Associação dos Magistrados Catarinenses, Carlos Augusto Abreu.
Apesar disso, ainda restam no Estado 513 mil processos abertos, que, de acordo com os dados do TJ, já deveriam estar encerrados.
"Precisamos, com urgência, de mais 300 ou 400 juízes para dar uma satisfação à altura do que pede a sociedade", afirma Abreu.
Segundo estimativa da associação, cada processo em primeira instância demora em média dois anos para ser julgado, desde o momento em que é impetrado. Alguns casos, apesar de raros, chegam a demorar até cinco anos.
"Vamos abrir concurso para contratação de 45 juízes, mas não sabemos se todas essas vagas serão preenchidas", afirmou o desembargador João Martins, que toma posse em fevereiro como o novo presidente do TJ.
Outro obstáculo à modernização da Justiça é a falta de recursos. O repasse mensal do Executivo, de 6% do orçamento estadual, mal é suficiente para a folha de pagamento e as despesas de custeio.

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