São Paulo, segunda-feira, 15 de dezembro de 1997
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Ponte dos Remédios deve ser aberta até 5ª

DA REPORTAGEM LOCAL

A pista Osasco-São Paulo da ponte dos Remédios (zona noroeste), interditada desde 3 de junho devido a problemas em sua estrutura, deverá ser reaberta ao tráfego nesta semana, provavelmente entre quarta e quinta-feira.
Resultados preliminares do teste de resistência a 700 toneladas de peso, realizado ontem na pista interditada, mostraram que, com sua reforma concluída, a ponte está novamente apta a resistir ao tráfego de veículos.
"Os resultados finais saem na terça-feira. Mas, pelo que vimos no teste, a pista será liberada nesta semana", disse Paulo Pacheco, superintende de obras viárias da Prefeitura de São Paulo.
Antes de liberar a pista Osasco-São Paulo, que apresentava os piores estragos em sua estrutura no momento da interdição da ponte, Pacheco disse que será necessário pintar e sinalizar essa via.
Em setembro, foi reaberta ao tráfego a pista São Paulo-Osasco da ponte, que, desde então, vem operando nos dois sentidos.
O teste de ontem foi feito por técnicos da firma Tecpont. Foram feitas medições do grau de deformação da ponte em vários trechos, usando para fazer peso sobre a pista 28 caminhões betoneiras, cada um deles pesando 25 toneladas.
Segundo técnicos da Tecpont, a deformação máxima da ponte apresentada nos testes foi de 2 cm.
"Até 5 centímetros a ponte poderia deformar sem apresentar problemas", disse Paulo Taliba, da Secretaria de Vias Públicas. "A (reforma da) pista Osasco-São Paulo ficou até melhor do que a da outra pista."
A pista São Paulo-Osasco chegou a apresentar deformação de até 3 cm nos testes realizados para sua liberação.
Conta da obra
O custo da reforma das duas pistas da ponte dos Remédios é estimado em R$ 8 milhões.
Embora tenha sido a prefeitura que contratou a empreiteira responsável pela reforma da ponte, a Este Estrutura, ainda não está certo quem pagará a conta da obra -se a prefeitura ou o governo do Estado.
A disputa se deve ao fato de o Estado, que construiu a ponte, dizer que a manutenção da obra é de responsabilidade da prefeitura, enquanto esta argumenta que essa tarefa cabe ao Estado.
Segundo Lenivaldo dos Santos, sócio-diretor da Este, a empresa só deverá começar a receber algo pela reforma da ponte em janeiro.
"Quem nos contratou foi a prefeitura, mas não sei se ela vai repassar o custo da obra para o Estado", disse Santos.
No mês passado, grupo de funcionários da Este fizeram protesto na ponte, paralisando a reforma, devido ao atraso no pagamento de salários por parte da empresa.

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