São Paulo, segunda-feira, 15 de dezembro de 1997
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Vascaíno consegue atrair todo tipo de fã

DA REPORTAGEM LOCAL

A carreira farta de fatos polêmicos parece ter contribuído para reforçar a popularidade do atacante Edmundo.
A recepção que o jogador teve em São Paulo nos momentos que antecederam o jogo de ontem provou que ele é mais amado que odiado.
Edmundo atrai qualquer tipo de fã, principalmente as mulheres, de todas as idades.
Daniela Teixeira, 18, por exemplo, acompanhada pelo pai e pelo irmão, teve uma crise de choro depois que conseguiu um autógrafo e um beijo do ídolo.
"Sou Edmundo onde quer que ele esteja, no Vasco, no Flamengo ou no Palmeiras", balbuciou.
Outro que compareceu ao hotel em que o Vasco estava concentrado especialmente para ver Edmundo foi o ex-roupeiro do Palmeiras Ceará.
"O Edmundo é gente fina e sempre me tratou bem", disse.
Não faltou também a presença do ator Eri Johnson, vascaíno, mas, acima de tudo, "amigo do Edmundo". Pedrinho Vicençote, procurador do atacante, também esteve no Morumbi.
Tratamento especial
No Vasco, Edmundo recebe atenção especial. É o único jogador que tem um segurança para acompanhá-lo o tempo todo e tem um quarto no hotel só para ele.
Além disso, é sempre o último. Só toma café da manhã no quarto.
Foi o último a descer para o almoço, quando comeu pouco, demorando mais na sobremesa (pudim de leite).
Para não perder o costume, voltou a ser o último a entrar no ônibus da delegação e o último do time a "desembarcar" no Morumbi.
No caminho, o ônibus vascaíno passou por uma avenida que estampava um outdoor com Edmundo fazendo propaganda de uma marca de cueca.
Antes do jogo, ele parecia nervoso. Não sorriu um instante sequer, apesar de atender os fãs com paciência. "Acho isso importante", disse o jogador.
"Passei por várias finais e não encaro o jogo de hoje (ontem) como uma partida especial. Apesar disso, não deixo de ficar ansioso e sentir aquele friozinho na barriga", acrescentou Edmundo.

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