São Paulo, segunda-feira, 15 de dezembro de 1997
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Edmundo perde cabeça; Viola não brilha

DA REPORTAGEM LOCAL

O anunciado duelo entre os atacantes Edmundo, a estrela do Vasco, e Viola, a vedete do Palmeiras, foi ofuscado pelo cartão vermelho recebido pelo vascaíno, que, assim, está suspenso da final do campeonato, domingo, no Maracanã.
Os dois trocaram cumprimentos calorosos antes do apito inicial.
Edmundo foi xingado pela torcida do Palmeiras e provocado sempre pelos zagueiros adversários, que o caçavam com duras faltas, esperando um revide e o cartão.
O artilheiro do Brasileiro, no início, não foi o jogador intempestivo de costume, controlando as reclamações no primeiro tempo.
Tomou duas entradas de Cléber, que o marcava de forma implacável, e ficou quieto.
Só reclamou de um suposto pênalti, aos 27min. Foi advertido verbalmente pelo juiz e, principalmente, pelos colegas de time.
A paciência do polêmico atacante durou 53 minutos.
Aos 8min do segundo tempo, após sofrer falta de Roque Júnior, atirou a bola no peito do adversário, recebendo o amarelo.
"Não vou tomar cartão. Tenho certeza de que vou jogar as duas finais", dizia antes do jogo.
E, como se o amarelo não fosse suficiente, aos 37min, Edmundo acabou recebendo o vermelho do árbitro Antônio Pereira da Silva, depois de revidar com um chute uma trombada do zagueiro Cléber.
O ato, tecnicamente, deixa Edmundo fora do segundo jogo. Mas o Vasco deve tentar uma escapada jurídica para ter seu melhor homem na decisão do Maracanã.
Viola, por sua vez, marcado por dois jogadores (Odvan e Mauro Galvão), praticamente não pegou na bola no primeiro tempo.
Euller, que tinha a missão de acionar o atacante, jogou mal e foi substituído no intervalo.
Assim, Viola apareceu mais antes do jogo do que durante ele.
Parceiros
Depois de descer do ônibus do Palmeiras, o atacante se dirigiu para o portão principal do estádio para distribuir cerca de 20 ingressos para amigos.
Como estava atraindo muita atenção, entrou na área de bilheterias do Morumbi e acabou a distribuição dentro de um guichê.
Depois de entrar no vestiário, soube que um amigo -o sambista Luisinho SP- estava sem uma entrada. Viola voltou para o portão e convenceu um funcionário da Federação Paulista de Futebol a permitir a entrada de seu colega. Luisinho SP escreveu um samba que homenageia o jogador.
Os convidados de Edmundo pagaram ingresso, segundo a diretoria do Vasco.

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