São Paulo, segunda-feira, 15 de dezembro de 1997
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Sem Romário, Brasil fica no empate

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
ENVIADO ESPECIAL A RIAD

Com Romário no banco, a seleção brasileira demonstrou falta de criatividade e não conseguiu sair do 0 a 0 contra a Austrália, pela Copa das Confederações.
Em três jogos na viagem pela África e Arábia, Zagallo usou três duplas de ataque diferentes.
No amistoso com a África do Sul, jogaram Bebeto e Romário, cada um fazendo um gol.
Contra os sauditas, pela Copa das Confederações, foi a vez da dupla Ronaldinho e Romário, com o último marcando dois gols.
A pior atuação foi a de ontem, com Bebeto e Ronaldinho.
O treinador brasileiro, no entanto, defendeu as modificações que fez em relação ao jogo anterior, colocando Zé Maria, Roberto Carlos, Rivaldo e Bebeto e sacando Cafu, Zé Roberto, Denílson e Romário.
"Cheguei à conclusão de que ou eu fazia os testes para definir o time para a Copa da França agora ou não faria mais", explicou. "Não sei se teremos tempo no ano que vem. Na única competição que vamos disputar antes do Mundial, a Copa Ouro, nos Estados Unidos, não faço idéia dos jogadores com os quais vamos poder contar."
Mesmo dizendo que só fala hoje sobre as mudanças que fará no time para o jogo de amanhã contra o México, que goleou ontem a Arábia por 5 a 0, Zagallo sinalizou que Romário deve começar jogando. Nessa partida, o Brasil precisará do empate para se classificar.
Ontem, as maiores chances da seleção -poucas, aliás- aconteceram na primeira etapa. Na maior oportunidade, Flávio Conceição, aos 23min, chutou na trave. No final do primeiro tempo, Roberto Carlos quase marcou de falta.
O goleiro Dida, por sua vez, foi exigido apenas em uma ocasião.
No final, os brasileiros deixaram o campo vaiados. Zagallo, porém, não concordou com as críticas. "Jogamos bem, perdemos cinco ou seis chances de gol, mandamos uma bola na trave e poderíamos ter vencido", declarou.

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