São Paulo, segunda-feira, 15 de dezembro de 1997 |
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Feirantes reprovam o biquíni
NICIA GUERRIERO
São casas pequenas com paredes de palha trançada, a maioria coberta de sapé. Algumas ruas, poucos hotéis, nenhuma loja, apenas alguns balcões improvisados na entrada de algumas casas, inclusive aquelas que vendem frascos com gasolina e diesel. Ao amanhecer, ouve-se o som da reza muçulmana. Na praia, pescadores chegam calados, com seus barcos e peixes. Na estrada, há o movimento de mulheres trazendo mercadorias para vender. Vão chegando à entrada da praia e estendendo seus panos no chão, expondo a mercadoria: frutas, verduras, farinhas, temperos, ovos, peixe fresco, peixe assado, peixe seco, comida na folha de bananeira, tapetes de palha trançada, roupas, de tudo se vende. Ninguém na feira tenta vender para eventuais turistas. As vendedoras não cruzam olhares, apenas pedem para não ser fotografadas. Uma turista chega de short e biquíni, elas protestam por meio de gestos e ordenam que se cubra. Só as crianças fazem contato com os turistas. Procuram falar inglês, a maioria só aprendeu até agora a pedir dinheiro ou caneta. A meninada quer aprender a jogar frescobol, experimentar o som do walkman, decorar o nome de cada pessoa, repetir seus nomes para os turistas. Mawun Teluk A praia ao lado, Mawun Teluk, possui um mar muito límpido e que reflete vários tons de azul. A areia é clara e não há nenhuma construção por perto. Ela é deserta. Por um momento pode passar um pescador silencioso, a cor da sua roupa combinando com a do mar, como numa cena de filme. Em Kuta, o hotel Mathari Inn oferece condução para levar, buscar e até trazer o almoço para Mawun no horário combinado. (NG) Texto Anterior: Trilhas exibem vida campestre Próximo Texto: Balinês paquera em português Índice |
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