São Paulo, terça-feira, 16 de dezembro de 1997
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Branco e luz são obsessões

CELSO FIORAVANTE
DA REPORTAGEM LOCAL

O arquiteto norte-americano Richard Meier tem várias obsessões: a cor branca, o uso da luz natural, as formas quadriculadas e a atualização dos ideais modernistas do arquiteto francês Le Corbusier (1887-1965). Sobre esses preceitos, construiu uma carreira marcada por edifícios elegantes e luminosos e ampliou, em razão geométrica, as possibilidades arquitetônicas do século 20.
Meier é conhecido pela elegância e pelo neoclassicismo modernista de suas formas geométricas. Seus lances e passagens internas lembram as construções arquitetônicas mentais do gravador Piranesi (1720-1781), célebre por sua complexidade arquitetônica, cuidadosa organização dos espaços e pontos de difusão de luz.
Embora o excesso de luz e de cor branca venham sendo apontados como não adequados à exposição de artes plásticas, alguns dos mais importantes trabalhos de Meier são museus, como o Museu de Artes Decorativas de Frankfurt, o Museu de Arte Contemporânea de Barcelona, o Museu de Rádio e Televisão, em Los Angeles, e o High Museum of Art, em Atlanta, que tem seu átrio central inspirado no Guggenheim Museum de Nova York (de Frank Lloyd Wright).
Para a sua obra maior, o Getty Center, Meier criou um complexo que dialoga com a topografia do local e substituiu o branco pelo marrom claro do mármore travertino.
(CF)

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