São Paulo, quarta-feira, 17 de dezembro de 1997 |
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FHC e a Força
NELSON DE SÁ
Por outro lado, empresas e trabalhadores da construção civil desistiram da redução dos salários. Quaisquer que sejam as soluções a que cheguem, na indústria automobilística do ABC ou na construção civil de São Paulo, resta do episódio o procedimento do governo FHC e de sua base sindical, a Força Sindical. Mal a Volkswagen falou em demissões e os pefelistas da Força fechavam um acordo -em outra área- para reduzir os salários. FHC, de seu lado, elogiou prontamente o acordo e negou interferência nas negociações do ABC. Seu ministro do Trabalho propôs que seguissem o exemplo da Força e cortassem salários. Até mais do que as empresas, foi como se FHC, seu ministro, sua base sindical estivessem a defender a redução dos salários. A inação diante das demissões deixou imagem das piores -e o resultado foram dois dias seguidos de manchete, no Jornal Nacional, para estudos do governo contra o desemprego. Anteontem: - Exclusivo: as medidas que vão mexer com as leis trabalhistas. Nossos repórteres revelam detalhes... E ontem: - Queda nos juros, 30 dias a mais de seguro-desemprego. São as novas armas para combater as demissões. São as velhas armas, para lavar a imagem de FHC. * A mesma Globo anunciou que FHC vai, afinal, receber a CUT. Só que junto com os pefelistas da Força. * Sergio Amaral, o porta-voz, sobre o Congresso: - A data da convocação será no dia 6 de janeiro. Houve um consenso... É a data que ACM queria. E ACM dita o "consenso", no governo FHC. Texto Anterior: Congresso dá R$ 150 mi para defesa civil Próximo Texto: STJ julga hoje queixa de Quércia contra Ciro; Governo de Minas vai pagar 13º em 2 vezes Índice |
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