São Paulo, quarta-feira, 17 de dezembro de 1997
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Polícia fecha clínica de aborto no Rio

DA SUCURSAL DO RIO

A Corregedoria de Polícia Civil interditou ontem uma suposta clínica de aborto que funcionava em uma casa na rua Barros Barreto, em Bonsucesso (zona norte do Rio de Janeiro). No local, foi preso o anestesista J.L.C.Q., apontado pelos policiais civis como o proprietário da clínica.
Também foram presos três funcionários (duas atendentes e um segurança) e três mulheres que teriam sido submetidas a abortos de manhã cedo, antes da chegada da polícia. Até o fim da tarde, a Corregedoria não havia divulgado os nomes das supostas clientes e dos funcionários.
Investigações
Para flagrar a atividade ilegal, a Corregedoria enviou ao local um casal de delegados, que se apresentou como interessado em realizar um aborto.
Na recepção, os policiais informaram ter pago R$ 400 para que o aborto fosse feito.
Logo após o pagamento, a casa foi invadida por mais dez policiais, para desespero das cerca de 15 mulheres que aguardavam na recepção.
As três que teriam se submetido ao aborto foram presas na sala de repouso.
Peritos da Polícia Civil informaram ter recolhido partes de placentas e fetos em lixeiras e no banheiro da casa.
Também foram recolhidos equipamentos, remédios e documentos.
Levadas para a Corregedoria, as mulheres que ainda não tinham feito o aborto foram liberadas após prestar depoimento. As outras três foram autuadas.

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