São Paulo, quarta-feira, 17 de dezembro de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Tiroteio deixa 3 feridos na av. Angélica
OTÁVIO CABRAL
Segundo testemunhas, o assaltante, que não havia sido identificado, havia assaltado a lanchonete Esfiha Chic, na rua Martin Francisco, e fugido a pé. Na esquina da avenida Angélica com a rua Baronesa de Itu, ele entrou no táxi Gol de Roberto Fouad Girges, 32, que estava parado em um ponto. Armado, ele teria obrigado o taxista a fugir. Antes de o táxi atravessar o cruzamento, dois seguranças da rua onde fica a lanchonete chegaram correndo pela Baronesa de Itu, um de cada lado da rua. Segundo o taxista Róbson Magalhães, colega de ponto de Girges, cada um dos seguranças estava armado com dois revólveres. "Os seguranças mandaram o assaltante descer do carro. Como ele não obedeceu, eles começaram a atirar. O ladrão também atirou para fora do carro", afirmou. O tiroteio durou cerca de dez minutos e, segundo testemunhas, foram disparados mais de 20 tiros. Apenas no carro de Girges, havia mais de dez furos de bala. O suposto assaltante, o taxista Girges e o soldado da Polícia Militar José Carlos de Azevedo, 33, que estaria fazendo bico como segurança no Esfiha Chic, foram atingidos pelos tiros. Mesmo ferido na barriga e nas costas, o suposto assaltante fugiu correndo pela avenida Angélica, em direção à praça Marechal Deodoro. Até as 22h de ontem, ele não havia dado entrada em nenhum hospital da região, segundo a PM. O soldado Azevedo, que levou um tiro na cabeça, foi levado por um taxista para a Santa Casa, onde passava por uma cirurgia na noite de ontem. Segundo os médicos, seu estado de saúde era grave. Socorro O taxista foi socorrido por um fiscal da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) que passava pela avenida Angélica e também levado à Santa Casa, onde também era operado no final da noite de ontem, correndo risco de vida. O segundo policial que estaria envolvido no tiroteio fugiu antes da chegada da Polícia Militar sem ser identificado. Ele também não havia se apresentado no 77º DP (Santa Cecília), onde o caso seria registrado. O gerente do Esfiha Chic, que não quis se identificar, negou que tivesse ocorrido um assalto à lanchonete na noite de ontem. Ele também não confirmou a informação de que o PM faria bico como segurança no local. Mas comerciantes vizinhos à lanchonete confirmaram que houve o assalto e que o suposto assaltante fugiu correndo, sendo perseguido pelos seguranças. O carro do taxista ficou parado no cruzamento da Angélica com a Baronesa de Itu, complicando o trânsito na região. Até as 22h, o carro não havia sido removido. Galeria Pagé Outro crime aconteceu na noite de ontem na região central de São Paulo. Por volta das 20h, quatro homens assaltaram e mataram o vendedor Francis Onha, 20, quando ele saía da galeria Pagé, na rua Barão de Duprat. Segundo a polícia, ele estava carregando um malote com o dinheiro arrecadado ontem na loja Antali, que vende produtos importados a R$ 1,99. Quando ele parou na portaria para esperar o dono da loja, foi dominado pelos quatro homens, que roubaram o malote e atiraram na sua cabeça. Onha chegou morto à Santa Casa. Texto Anterior: Morre 'Anã' de diário de Che Próximo Texto: Falta exame de carga viral de HIV em SP Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |