São Paulo, quarta-feira, 17 de dezembro de 1997 |
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Falta exame de carga viral de HIV em SP
PRISCILA LAMBERT
O exame avalia a quantidade de HIV no sangue. O resultado determina se uma terapia antiviral está sendo eficaz ou se há necessidade de substituição do tratamento. Existem cerca de 20 mil doentes em tratamento no Estado. Cada laboratório realiza 200 testes de carga viral por mês. Considerando que cada paciente deveria realizar um exame a cada três meses, existem cerca de 11.600 doentes que não conseguem fazê-lo pela rede pública durante o ano todo. "Isso sem contar os portadores que ainda não estão em tratamento", diz Marília Almeida Antunes Rossini, coordenadora da rede de carga viral no Estado de São Paulo. Segundo David Uip, infectologista e diretor da Casa da Aids, o exame de carga viral deve ser feito antes do início de um tratamento. "E deve ser repetido sempre. Sem a carga viral não dá para tratar de maneira ideal um paciente com HIV", diz. Os kits para realização do exame são entregues pela Coordenação Nacional de DST/Aids do Ministério da Saúde. A rede de laboratórios credenciados ao ministério começou a funcionar entre julho e setembro deste ano. Para racionalizar a realização do exame, têm prioridade os pacientes que vão começar o tratamento. Segundo o Fórum de ONGs/Aids (organizações não-governamentais) do Estado de São Paulo, existem muitos pacientes da rede pública que não estão conseguindo marcar os exames. Segundo Marília, a capacidade dos laboratórios não é a ideal porque o serviço está apenas começando. "Os laboratórios ainda estão sendo adaptados. A realização do exame é complicada e exige capacitação de profissionais", diz. Ela afirma que, até julho, não há possibilidade de aumentar o atendimento. Já segundo Artur Kalichman, coordenador do programa estadual de DST/Aids, a idéia é expandir os laboratórios em mais três pontos ou tentar aumentar aos poucos a capacidade de cada um. Texto Anterior: Tiroteio deixa 3 feridos na av. Angélica Próximo Texto: Doente diz que fica inseguro Índice |
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