São Paulo, quarta-feira, 17 de dezembro de 1997
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Título vale estabilidade no São Paulo

ARNALDO RIBEIRO
ENVIADO ESPECIAL A BUENOS AIRES

Pode uma vitória valer mais que 250 dias de trabalho de um treinador e de um grupo de jogadores? No São Paulo, pode. Principalmente quando essa vitória significa a conquista de um título importante, coisa que o clube não consegue há quatro anos.
Sabendo que o triunfo pode garantir a continuidade, e o fracasso deve precipitar uma reformulação, a equipe enfrenta o River Plate hoje, às 22h10 (horário de Brasília), na final da Supercopa.
O São Paulo busca o segundo título dessa competição, que já venceu em 1993, contra um adversário que é considerado o melhor time da América do Sul, que nunca conquistou o torneio e que o elegeu como prioridade.
Como houve empate na primeira partida, quem vencer esta noite ganha o título.
Um novo empate leva a decisão para os pênaltis.
O campeão da Supercopa recebe US$ 500 mil livres e garante vaga na decisão da Recopa Sul-Americana em Kobe (Japão), no ano que vem, contra o Cruzeiro (campeão da Taça Libertadores).
Em princípio, a idéia da diretoria do São Paulo, cujo mandato vai até abril de 1998, é manter a comissão técnica e não fazer grandes contratações para um ano de Copa do Mundo, em que as seleções terão prioridade sobre os clubes.
Mas a perda da Supercopa mudaria os planos, fazendo com que os atuais dirigentes busquem trunfos eleitoreiros, leia-se novo técnico e novos jogadores.
"O Dario pode sair e ele sabe disso. Mas seria uma coisa feita às claras", disse um membro ligado à diretoria são-paulina.
"Não quero falar sobre futuro agora. O que interessa é a Supercopa", afirmou o treinador, que pode estar fazendo sua despedida.
Dario disse que tem reuniões agendadas com o presidente Fernando Casal de Rey para amanhã e sexta-feira, quando serão definidas a sua situação e a dos atletas.
Contra-ataque
O São Paulo pretende explorar hoje os contra-ataques e o desgaste do River, que disputa simultaneamente o título argentino.
A estratégia é suportar a pressão inicial do adversário e segurar o empate até o final do primeiro tempo.
No segundo tempo, tentar o gol do título no contra-ataque.
Dario não gostaria de uma decisão por pênaltis.
"É muito fortuito", disse o técnico, que já escolheu Dodô, Serginho e Aristizábal como principais cobradores.
O São Paulo não terá Rogério e Denílson (seleção), Rogério Pinheiro, Bordon e Belletti (machucados), e Márcio Santos, Gallo e Silas (não foram inscritos).
O único desfalque do River é o meia Berti, suspenso.
Ele deve ser substituído pelo lateral Placente.

NA TV - River x São Paulo, ao vivo, às 22h10, na Bandeirantes

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