São Paulo, quarta-feira, 17 de dezembro de 1997
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Na Argentina, renúncia abreviou impasse político

LÉO GERCHMANN
DE BUENOS AIRES

A transição de Raúl Alfonsín para Carlos Menem na Presidência argentina, em 1989, lembra a atual situação coreana e até hoje afeta a política do país. Alfonsín deixaria o poder em 10 de dezembro, mas, diante de uma inflação descontrolada, que chegara a 190% em junho e 4.923,6% no ano, renunciou para a posse de Menem cinco meses antes do previsto.
Os dois eram e ainda são líderes de partidos antagônicos. Alfonsín é da UCR (União Cívica Radical). Menem é do PJ (o peronista Partido Justicialista).
As acusações mútuas persistem. Ainda hoje Menem considera a renúncia de Alfonsín um gesto de fraqueza. Alfonsín diz que a CGT (central sindical peronista) fez greves para desestruturá-lo.
A situação indefinida do poder argentino permaneceu durante dois meses. Alfonsín queria deixar a Presidência. Menem queria esperar dezembro. Para ele, quanto mais o seu antecessor sofresse desgaste, melhor seria.

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