São Paulo, sábado, 20 de dezembro de 1997
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Ex-metalúrgico vira vigilante

MARCELO OLIVEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar de saber que a rotatividade é grande no ramo da segurança privada, a primeira coisa que Marcos W., ex-metalúrgico, fez ao ser demitido de uma fábrica, foi um curso de vigilância.
Há dois anos, ele e um colega são os responsáveis pela segurança de uma loja e de um conjunto de escritórios na rua Oscar Freire, nos Jardins.
Habilitado para a função, W., que usa terno e gravata (para disfarçar a arma), óculos escuros, calça social e sapato fechado todos os dias, ofereceu seus serviços aos comerciantes quando foi informado pelo irmão, que é cabeleireiro nos Jardins, que uma das lojas da rua havia sido assaltada.
"Me apresentei para eles e elaborei um plano de trabalho. Depois que entrei aqui, nunca mais aconteceu nada", afirma W., que trabalha 12 horas por dia.
Trabalhando armado e com um comunicador, com o qual entra em contato com a gerência da loja e funcionários do escritório, W. toma os dados de todas as pessoas estranhas ao local que chegam.
"Pego os dados e 'passo um rádio' para a recepcionista, que diz se a pessoa era esperada ou não."
O segurança J.M.D., 27, que também usa terno, faz parte do corpo de segurança de uma joalheria da Oscar Freire que emprega cinco vigilantes da empresa Estrela Azul. Ele diz que a rua é muito tranquila.
"Todos nós estamos armados, mas o terno é mais o estilo da rua, mais próximo do padrão das lojas daqui."
(MO)

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