São Paulo, sábado, 20 de dezembro de 1997 |
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Acusado de 'pescar' em banco 24 h é preso
RENATO KRAUSZ
A quadrilha usa um pedaço de taco de sinuca para abrir as caixas de dispensa dos caixas eletrônicos -onde a máquina deixa separadas as notas amassadas- e uma espécie de vara para "pescar" o dinheiro que fica ali de dentro. A vara tem cerca de 60 cm e é feita de metal. Ela tem uma mola num dos extremos que, quando apertada, aciona uma espécie de pinça na outra extremidade. Segundo o delegado Manoel Camassa, da 4ª Delegacia do Depatri (Departamento de Investigações sobre Crimes contra o Patrimônio), pelo menos nove roubos desse tipo foram registrados entre os dias 11 de novembro e 5 de dezembro em seis agências bancárias, todas do Banco do Brasil. Todos os roubos ocorreram entre as 20h e as 23h. Camassa recebeu no dia 13 do mês passado seis fitas de vídeo de câmeras instaladas nas cabines dos caixas eletrônicos, mostrando os roubos. Segundo o delegado, o comerciante Pereira aparece em quatro gravações. "Em geral, ele está acompanhado de dois homens e uma mulher, que fingem ocupar todos os caixas da cabine para evitar a entrada de clientes", disse. Após identificar Pereira, que já cumpriu pena por roubo a carro-forte, a polícia descobriu que ele frequentava uma padaria em São Miguel Paulista (zona leste). Três investigadores se disfarçaram, por mais de uma semana, de vendedores ambulantes de laranja em frente à padaria, onde Pereira acabou preso anteontem. "Acho que vendi 30 caixas de laranjas", disse o investigador César -que não quis que seu sobrenome não fosse publicado. Texto Anterior: Desabamento mata uma criança em Minas Gerais Próximo Texto: Um terço dos dias do ano teve ar ruim Índice |
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