São Paulo, sábado, 20 de dezembro de 1997
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Procon investiga venda por 'pirâmide'

KELLY LIMA
DA FOLHA RIBEIRÃO

Comprar um videocassete e pagar R$ 69. Ou um microondas por R$ 59. Essa é a atração da loja Post Free, em Ribeirão Preto (319 km de São Paulo), que está sob investigação do Procon local.
O órgão decidiu investigar porque o sistema de vendas é semelhante a uma "pirâmide". A empresa nega e diz que a semelhança é com um consórcio.
O valor pago pelo produto na loja é equivalente a um quinto do total cobrado pela mercadoria (ver quadro). O restante será pago por amigos do cliente, que preencherão formulários. Por sua vez, cada um dos participantes se compromete a encontrar, cada um, outras cinco pessoas que banquem um novo produto e assim por diante.
"A partir do momento em que o cliente tem de arrumar outros amigos para comprar, acredito que haja algo errado no sistema", disse.
Segundo o coordenador, o sistema de vendas deveria ter sido homologado junto ao Ministério da Justiça para ser legal.
"Se for uma espécie de consórcio, como os administradores estão afirmando, é preciso que haja uma regulamentação própria."
Segundo o assessor jurídico e comercial da Post Free, Fernando Ataíde, o sistema é copiado de um outro, que funciona via postagem na Europa e nos Estados Unidos.
"Nós estamos adaptando algumas modificações em nossos contratos que foram sugeridas pelo Procon", afirmou.

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