São Paulo, sábado, 20 de dezembro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Louvre inaugura ala egípcia reformada

MARIANE COMPARATO
DE PARIS

Depois de 15 anos de reformas, o Louvre inaugura amanhã a terceira parte de seu projeto. São 10 mil metros quadrados de salas nas quais o visitante pode ver, totalmente reacomodadas, as relíquias egípcias e as antiguidades gregas e etruscas.
Para comemorar a abertura, o acesso será gratuito apenas amanhã e segunda, das 18h às 22h.
O mapa do museu e o percurso das visitas estão mais didáticos. Vários passeios são propostos. O visitante pode, por exemplo, visitar cronologicamente as construções sucessivas do museu, passando da época medieval -quando ainda era um palácio, para a suntuosa escadaria construída em 1883, que leva até a famosa escultura da "Vitória de Samothrace".
Na última quarta-feira, o visitante ainda podia ver funcionários do museu retirando sarcófagos envolvidos em sacos plásticos de dentro de caixotes de madeira.
Percurso
O percurso das antiguidades egípcias poderá ser feito de duas maneiras: uma temática e outra cronológica. No térreo, podemos ter uma idéia geral da civilização egípcia nos tempos dos faraós, que se sucederam em 30 dinastias. No primeiro andar, 4.000 anos de arte do local são retratados.
O visitante poderá ver, entre outras obras, "O Escriba de Cócoras", uma das mais famosas, que data de 2400 a.C., e um busto colossal do faraó Amenófis 4, suposto pai de Tutankamon, datando de 1400 a.C.
Existe também um túmulo no qual o visitante pode entrar para ver as inscrições do interior, que também foi reconstituído. Mesmo assim, as 5.000 obras do Egito ali expostas representam apenas 10% do acervo egípcio do museu.
Fase final
Em 1999 devem ser inaugurados os últimos 3.000 metros quadrados restantes da grande reforma. O museu, que tinha 31,2 mil metros quadrados em 1984, ficará com 61,2 mil metros quadrados no ano 2000.
O Louvre se tornará um dos maiores do mundo, ao lado do Ermitage, em São Petersburgo, na Rússia, e o Metropolitan Museum de Nova York, nos Estados Unidos. O custo total da obra deverá ser de US$ 1,5 bilhão.
"Era necessário, afinal o museu acolheu 4,7 milhões de visitantes em 96", disse o diretor do Louvre, Pierre Rosemberg, em conferência em que estava presente a ministra da Cultura, Catherine Trautmann.

Texto Anterior: Ítalo Rossi rouba aplausos de Fischer
Próximo Texto: Racionais MC's fazem festa rap de fim de ano
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.