São Paulo, domingo, 21 de dezembro de 1997
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Estádio já recebeu sete finais

DA REPORTAGEM LOCAL

O maior estádio do mundo, detentor do recorde de público em uma partida de futebol, palco de decisões, derrotas e vitórias históricas. E até mesmo de tragédias.
O Mario Filho, vulgo Maracanã, nasceu grande. Em mais de 180 mil metros quadrados, vergalhões de ferro suficientes para dar uma volta e meia em torno da Terra; 45 mil metros cúbicos de areia; 500 mil sacos de cimento.
São muitos os números que comprovam a grandiosa do Maracanã, inaugurado em 17 de junho de 1950, com um amistoso: Seleção Paulista de Novos x Seleção Carioca, 3 a 1 para os visitantes.
Neste mesmo ano, o estádio testemunhou a maior decepção da história do futebol brasileiro, a derrota por 2 a 1 para o Uruguai, na final da Copa de 50.
Nos 60, coube a ele a honra de abrigar o milésimo gol de Pelé -que aconteceu, a Folha revelou mais tarde, na Paraíba.
Nos 70, o Maracanã recebeu a primeira final de um Brasileiro: um Atlético retrancado por Telê Santana bateu por 1 a 0 um Botafogo com Djalma Dias e Jairzinho.
O estádio mereceu ainda outras seis decisões nacionais, a última, em 1992, de saldo trágico.
O rompimento de uma grade de proteção matou quatro e feriu mais de uma centena de torcedores, determinando o fechamento do estádio por quase um ano.
E, em nome da segurança, abriu mão do maior de seus números: limitado a 120 mil espectadores, nunca mais reunirá os 200 mil que, dizem, um dia já abrigou.

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