São Paulo, terça-feira, 23 de dezembro de 1997
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Só uma em 17 pararia em colisão

DA REPORTAGEM LOCAL

A gangue da batida aterrorizou as mulheres de São Paulo e as fez mudar de comportamento. É pequeno o grupo de paulistanos que hoje pararia após uma colisão -menor ainda entre as mulheres.
A maioria (56%) delas disse na semana passada que tinha muito medo de sair à noite. Entre os homens, esse índice foi de 37%.
Apenas 6% das mulheres motoristas -ou uma em cada 17- parariam caso sofressem pequena batida à noite. Dos homens, 42% teriam essa atitude.
O novo comportamento foi estimulado pela divulgação da ação da gangue. Pela pesquisa, a intenção de parar após pequena colisão cai à medida que cresce o nível de informação sobre os criminosos.
A maioria dos motoristas que não sabiam da gangue pararia. Entre os bem-informados sobre o caso, só um em cada cinco discutiria os estragos com o outro motorista.
O paulistano teme o bandido, mas também evita a delegacia. No universo geral, 67% não parariam. Só que 26% também não iriam ao distrito após o acidente, ao contrário do que recomendava a polícia.

METODOLOGIA - A pesquisa do Datafolha é um levantamento por amostragem estratificada por sexo e idade, com sorteio aleatório dos entrevistados. O conjunto da população acima de 16 anos da cidade de São Paulo é o universo pesquisado. No levantamento, foram ouvidas 630 pessoas. A margem de erro nesse processo é de quatro pontos percentuais para mais ou para menos, dentro de um intervalo de confiança de 95%. Isso significa que, se fossem feitos 100 levantamentos com a mesma metodologia, em 95 os resultados estariam dentro da margem de erro. Essa pesquisa é uma realização da Gerência de Pesquisas de Opinião do Datafolha.

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